quarta-feira, 7 de julho de 2010

Operação Parte I

Esse foi o dia: 06 de julho de 2010. Ontem. Fui acordada as 5:30 da manhã para ir a um hospital. Minha mãe iria operar um cisto no ovário. Fui eu, meu pai e minha mãe para o hospital. Looonge ...
Chegando lá, às 7:30, tivemos que esperar um pouco para a internação e em seguida, os procedimentos básicos e blá blá blá. Enfim estamos no quarto. Com mais 2 pacientes ... Cadeiras horrorosas e muito, mas muito sono. Mas a prioridade ali era minha mãe, o bem estar dela.
Até as 10:30 da manhã tinha um quarto falante, todos conversando, mais ainda a minha mãe que mascarava um pânico que escapulia com a pergunta quase que sequencial "vâmo embora pra casa ? Quero ficar aqui não". Claro que sempre tinha uma risada depois mas o medo continuava.
Por nunca precisarmos ir a um hospital, além de anos trás com a internação de minha vó, o pânico era tremendo. essa era a palavra: pânico. Aposto que muitas mães já tiveram seus filhos internados por motivos alheios. Essa experiência não se aplicava a minha família, muito menos sendo a sua mãe que estava internada.
Eu tentei manter a calma, estava realmente calma mas só de pensar num bisturi cortando a minha mãe me dava uma aflição (eu tenho pavor de sangue, bisturi, anestesia). Meu pai já estava um POUCO apreensivo. Leu o jornal 4 vezes inteiro, leu livro, atendeu a vários telefonemas de trabalho mas mesmo assim a agonia se instalou naquele quarto que era falante a pouco tempo atrás e agora era só silêncio e aflição.
Estava lendo um livro muito sugestivo para a ocasião A Menina que roubava livros, e nessa história quem conta é a própria morte. HAHAHAH Ótimo livro pra se ler num hospital. Nunca mais o levo ... HAHAHAHAH Mas o livro me fez refletir.
A cirurgia da minha mãe não tinha riscos mas imagina de quem tem seus pais operando as pressas ? Operações de 10, 12 horas e nesse tempo todo só o que resta é justamente a aflição, a vontade de que tudo acabe logo e acabe bem. Não quero me ver nessa situação nunca mas a gente não sabe o futuro né?
O Bom é que, apesar de Mamy ter ficado 3 horas em operação, voltou bem, um pouco dopada mas bem. O esforço de ter ficado quase 12 horas no hospital foi recompensador quando passsou a mão em meu rosto e bem baixinho me disse que me amava. Eu te amo muito Mamy.



Depois eu volto pra contar a outra parte que vai ser dolorosa não pra ela mas pra mim =S

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comenta aí, vai!