O sonho do bom emprego

O Profissão Repórter da terça-feira mostrou os estudantes de diversas áreas buscando uma inserção no mercado de trabalho. Bom, esse é o sonho de qualquer estudante: trabalhar na sua área e ainda mais numa boa empresa. Mas o que dizer quando essa espera vai além das nossas expectativas? 

Sonhar é muito vago, todos tem que fazer por onde. Quando vi o programa e presenciei a busca desenfreada de muitos que fazem por onde, como eu também acho que faço, sinceramente me desesperei ainda mais. Isso porque ainda estou no 6º período de Jornalismo, uma carreira concorrida, fechada e, digamos, ilusória.

No decorrer do programa aparece Bel Pesce, uma brasileira simplesmente sagaz.  Fiquei impressionada com a velocidade e o dinamismo em que se submete para trabalhar. Tem sua empresa, conseguiu R$ 16 milhões como investimento para desenvolver um aplicativo para celular e ainda por cima é poliglota, escritora, empresária só com 24 anos de idade. 

Por outro lado, quantos somos nós que fizemos no mínimo 5 processos seletivos e não chegamos nem na entrevista com o gestor? Já passei por isso muitas vezes. A gente sempre tenta se iludir com a capacitação do outro, que é melhor do que a nossa ou nosso perfil, que não é o procurado pela empresa. Essa ideia que eles (o mercado) vende para nós. 

O importante é saber que tudo tem o seu tempo? Que tempo divino é esse que não nos acompanha ou ao menos dá indícios dos nosso caminhos percorridos serem o certo? Como esperar num mundo em que tudo muda? Estar fora das redes sociais por um dia já é suficiente para você não ser enturmado numa conversa de bar. A nossa geração está projetando uma vida em cima somente dos primeiros 30 anos e vida. E depois? A palavra da nossa geração nos 40 e poucos anos será frustração... Continuemos a caminhada, ninguém nunca disse que iria ser fácil.